sexta-feira, 22 de julho de 2011

Meia noite em Paris



Ontem finalmente consegui assirtir o último filme de Woody Allen!
Ah eu ainda estou em estado de graça! Portanto me perdoem pela rasgação de seda...

O filme é uma declaração de amor à cidade, homenageando personagens ilustres que viveram por lá! Você sai da sala de cinema fascinada, com vontade de mudar imediatamente para Paris! rsrs

Woody mexe com nosso imaginário, enche nossos olhos com uma história mágica que tem uma linda lição de vida.
É de longe um dos melhores filmes que vi nos últimos anos e com certeza um dos melhores dele.
É tão bom relembrar, que no mundo ainda existe a pureza do amor à arte, a valorização da nossa imaginação, do livre espírito, de coisas simples da vida como andar e apreciar a chuva caindo. Como é bom ver um filme que menospreza o consumismo exarcebado!

Enfim, foi delicioso assistir algo que nos relembra alguns dos verdadeiros valores da vida, e que ser puro e inocente ainda não saiu de moda e nunca sairá. :)

Se hoje o Woody Allen aparecesse na minha frente como num passe de mágica eu só diria uma palavra: "Obrigada!"

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quote of the day



"May today there be peace within. May you trust that
you are exactly where you are meant to be. May you not forget the
infinite possibilities that are born of faith in yourself and others.
May you use the gifts that you have received, and pass on the love
that has been given to you. May you be content with yourself just the
way you are. Let this knowledge settle into your bones, and allow your
soul the freedom to sing, dance, praise and love.
It is there for each and every one of us."

terça-feira, 12 de julho de 2011

Fernando Pessoa

"Trago dentro do meu coração, como num cofre que se não pode fechar de cheio, Todos os lugares onde estive, Todos os portos a que cheguei, Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias, Ou de tombadilhos, sonhando, E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero".


Passagem das Horas, de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mágico pra mim


Depois de décadas, resolvi colocar no papel a idéia que Tatá deu, e cá estou tentando colocar em palavras coisas dessa vida que de alguma maneira foram ou são mágicas pra mim.
Eu acho que é uma lista infinita, mas vou fazer minha...

* Ter nascido em São Paulo, na maior cidade do Brasil e assim desde pequena aprender a lidar com uma diversidade absurda de pessoas e costumes;
* Ter crescido nessa cidade gigante e mesmo assim ter tido o privilégio de ser uma das últimas gerações que pode brincar na frente de casa, na rua, com tudo que eu tinha direito, brincar de pique - esconde, ralar o joelho mil vezes, perder chinelos de tanto correr, sair de bike pelo bairro e só voltar a noite, tudo sem perigos, passando assim uma infância maravilhosa;
* Ter crescido ao lado de meu avô e avó, perto do carinho deles, durante toda minha infância e adolescência e hoje lembrar com doçura e gratidão daquele casal de velhinhos que agora descansam em um lugar mais calmo;
* Ter uma mãe com um coração do tamanho do mundo;
* Ter uma pai carinhoso ao extremo;
* Ter o melhor irmão do mundo, meu melhor amigo;
* Ter começado a freqüentar escolinhas muito cedo, o que me fez aprender a andar (8 meses e meio) e a falar muito cedo, minhas primeiras palavras foram logo uma frase: “- Não pode!” (É, eu já queria mandar haha)
* Ter estudado em colégio de freiras e mesmo assim ter me divertido tanto naquele lugar;
* Ter sido a única netA, e a que nasceu primeiro;
* Ter sido a alegria da minha bisa;
* Ter sido sempre a que levava a pior bronca, pois a maioria das "artes" eram idéias da mais velha;
* Aviões, voar;
* Ser abençoada com amizades sinceras, as de perto e as de longe que suportam milhas e milhas de distancia;
* Ouvir uma música e me lembrar de alguém ou de um momento especial;
* Levar uma rasteira da vida, cair e depois levantar mais forte;
* Descobrir que sou forte;
* Orgulhar meus pais;
* Colo de mãe;
* Descobrir que Deus me deu muito mais paciência que eu poderia imaginar;
* Descobrir que eu tenho capacidade de aprender uma língua muito distante de minhas raizes latinas;
* Encontrar alegria em coisas simples;
* Viajar, ir parar em lugares que nunca havia imaginado antes;
* Me desafiar;
* Aprender cada vez mais a respeitar diferenças;
* Se sentir livre;
* Chorar de tanto rir, e aprender a chorar de tristeza e depois me sentir bem mais leve;
* Ser independente;
* Ter sido Au pair e ter amadurecido tanto em tão pouco tempo;
* Andar de bike e sentir a brisa (lê-se vento frio holandês) bater em meu rosto e despentear meu cabelo;
* Não ligar se o vento me despenteou;
* Livros e filmes bons;
* Escrever;
* Estudar algo que eu goste;
* Fotografias. Antigas, novas, de amigos, de viagens, pra mim toda foto é mágica, o registro de uma imagem é mágico;
* Ter vivido na Holanda, em uma vila tão linda;
* Ter nascido no Brasil;
* Viver!
* Descobrir com a vida que a frase simples no meio do poema de Fernando Pessoa é mesmo verdade:
"Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena."

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dona Aurora




Ô vózinha, que saudades que ando sentindo!
A senhora faria aniversário agora primeiro de julho e me veio tantas coisas pra te dizer, te escrever...
Sinto saudades de tudo, das suas risadas engraçadas, do seu sotaque paulistano moquense, das suas comidas que eram as melhores do mundo, da sua pele de pêssego, do seu jeito de superestimar seus netos mais do que qualquer outros rsrs até das suas broncas eu sinto falta, é tão triste não poder te abraçar!
Me desculpe não ter dito mais vezes eu te amo, mas eu acho que vc sentia o meu amor.

Desde o dia que a senhora foi embora, é tão estranho atender o telefone e saber que não pode ser você, eu confesso que ao passar na frente da sua casa eu ainda olho todas as vezes esperando ver a senhora assistindo tv, falando no telefone com a Tata ou molhando suas plantinhas...

É, eu sei que é uma lei natural da vida, mas é aquela velha história, nunca estamos totalmente preparados para uma perda, nunca.
O que me consola, é que eu sinto que a senhora está muito melhor aí, deu pra ver em seu olhar o alívio misturado com ansiedade, na última vez que nos vimos, deu pra ver que a senhora sabia que havia escolhido um caminho para o fim de seu sofrimento ao encarar aquela cirurgia...

Já desabafei, mas não quero que a senhora pense que estou triste, pois eu sei que não é isso que a deixaria feliz. Apesar dessa tempestade estar acabando de passar, eu to bem vó, com saudades, mas bem! :-)
Rezo todo dia pra senhora caminhar cada dia com mais luz e eu sei que o vovô está cuidando bem da senhora aí.
Eu acho que ele já não aguentava mais de tantas saudades da Nêzinha dele.:-)

Agradeço a Deus pela benção de ter crescido ao lado de uma avó e avô tão maravilhosos quanto vocês dois, que agora estão juntinhos aí em cima.
Obrigada por tanto carinho que recebi, eu acho que não seria a mesma que sou hoje sem ter tido vocês sempre pertinho de mim.

Mas ó vocês dois, nunca se esqueçam de olhar pela gente viu?
Aqui em baixo nós ainda somos muito imaturos e erramos um bocado, ainda precisamos do carinho de vocês, da energia boa, mesmo que seja de tão longe... A gente sente.
Tá combinado hein?

Eu achei esse pedaço de texto e acho que encaixa aqui...
"Gosto de pensar que quem já morreu fica num lugar quentinho, que a gente não vê, cuidando de quem ainda não morreu. E se você quiser agradar a essa pessoa, é só fazer coisas que ela gostava. Aí ela fica ainda mais quentinha e cuida ainda melhor da gente. " C.F. de Abreu

p.s. Vó, minhas unhas finalmente estão grandes e sempre pintadas, exatamente como a senhora gostava, parei de roer!
p.s.2 E esse final de semana sabe o que eu fiz? Costurei e arrumei muitas peças de roupa, não sei o que me deu mas acho aprendi só de ver a senhora fazer!
Aposto que abriu um sorrisão de orgulho agora né dona Aurora? :-)

Amo vocês, pra sempre!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Caio F. de Abreu

Ler é uma das milhares coisas que amo nessa vida.
Eu tenho desde pequena aqueles diários e caderninhos que eu anotava todo texto bonito que lia, toda frase que soava perfeita pra algum momento que estava passando, vou tentar postar de vez em quando coisas assim. :-)
Vai um dos preferidos, Caio Fernando de Abreu...

"Acredito nos olhos de quem está apenas observando, aprendendo, sem julgamento. Acredito que existe um lugar para mim, assim como existe lugar para todo mundo. Porque existe lugar para todo mundo. É só procurar...
Eu acredito. Acredito no tempo. O tempo é nosso amigo, nosso aliado, não o inimigo que traz as rugas e a morte.
O tempo é que mostra o que realmente valeu a pena, o tempo nos ensina a esperar, o tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida."

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu ando mesmo distraída...


Para meus pais eu serei sempre a menininha espevitada, estabanada e tagarela deles. Eu nunca fui a melhor filha da mundo, mas confesso que nunca dei grandes dores de cabeça aos mesmos!
É, mas o tempo passa, a gente não consegue sustentar o posto de pequenina depois que batemos a casa dos 20 e poucos anos, e BOOM acordamos!
Eu acordei aos 18 e sai de casa, voltei pra casa tempos depois, e conscientemente, me enclausurei novamente nessa perigosa zona de conforto que se localiza mais precisamente abaixo das "asas" de nossos pais.
Ok, mas para alguns (meu caso) vem os questionamentos, sensação de incopetência por depender deles e obviamente aquela mesma vontade de "voar" que sempre bate!
Não adianta, como diria mamãe: "- Nunca tá satisfeita, não fica quieta por muito tempo, ô menina desassussegada!"
E descobri que, largar e se desprender disso pela segunda vez é muito, mas muito mais difícil do que a primeira!
Pais não entendem o quanto essa superproteção pode gerar insegurança nos filhos.
O medo de errar parece que triplicou, o apego aos pais parece que aumenta com a minha idade (seria muita hipocrisia eu dizer que não amo colo de minha mãe, né?), somado a isso existe a pressão do temido tempo, pois é, o que vc fazia com 18 anos poderia nao ter reflexo algum mais tarde, porém o que vc faz com 22 há grandes chances de ter reflexos quando você já estiver com 30 anos, mesmo parecendo tão pouco anos de diferença...

O coisa difícil que é SER ADULTO!

Esses últimos tempos foram de noites mal durmidas, de cabeça a mil!
Eu to passando por um momento de decisões grandes, vem tudo na nossa cabeça nessas horas...

Eu to tentando achar meu caminho.
Eu to tendando descobrir o que é certo, pra mim.
Eu to tentando definir o que eu amo, o que me preenche.
Eu to tentando olhar mais pra mim.
Eu to tentando decifrar quem eu sou, o que eu quero e quando quero.
Eu to esperando encontrar respostas...

O que eu já aprendi, é que o único coração que sigo a partir de hoje, é o meu. :)

Longe



"Estar longe de casa é um exercício de estar mais perto de si mesmo mais do que nunca.

É ser você em plenitude e aí sempre tem a pergunta: você aguenta ser você?

Porque já não há amigos de infância para avisar que você está mudando, já não há pai e mãe para te pedir juízo, já não há sua casa com aqueles recônditos que dizem tanto sobre você. Estar longe de casa é descobrir-se outro: aquele que você sempre foi e não deixavam."

Autor desconhecido