segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ah o futebol...


Já dizia alguém por aí... É o ópio do povo...
As vezes páro pra pensar o quanto esse assunto é e sempre foi frequente em minha minha vida.
Minha pobre mãe não se cansa de brigar comigo... diz que é coisa pra homem, que eu não deveria ser tão apaixonada assim e blá blá...
Mas como explicar tal paixão?
Sei bem que paixão não se explica, se sente... mas é impossível resistir a essa análise...
Seria a ligação que o futebol faz com minha infância? ... (mamãe deveria ter pensado melhor antes de me deixar brincar na rua só meio de garotos hahha)
Seria as lembranças que me traz do meu adorado avô? Aquele corinthiano fanático...
O extâse que uma vitória traz? A aproximação dos semelhantes? Tudo isso junto?
Talvez o fato de eu torcer para o time com uma das torcidas mais apaixonadas e fiéis desse mundo, contribuiu para aumentar essa paixão.
Toda vez que vejo aquela camisa que tantos já vestiram, canto aquele hino que saiu de tantas bocas na geração de meu avô e nas anteriores... toda vez que grito gol, ah é tanta história, são tantos sentimentos juntos!
A paixão é antiga!
Hoje, o futebol é mais técnico, é mais dinheiro, são negócios, os jogadores são cifrões...
Mas a paixão pelo futebol é tão anterior à isso, é tão pura.
Imigrantes pobres, operários formavam aquele Corinthians de 1910... Imaginavam eles o quão longe iria o time que ali nascia?
Se identificar é uma necessidade humana...
Equipes eram formadas por aqueles que dividiam as mesmas idéias, partilhavam as mesmas dificuldades (ou facilidades) se expressavam através do futebol.
Que antes de elite, depois mostrando sua real essência: Aquele esporte que não descriminava ninguém, não importa, rico ou pobre, no campo serão iguais, até a bola rolar não saberemos quem é superior. Justo.
E o que falar do quão imprevisível é um jogo de 90 minutos? É ou não é eletrizante assistir ao seu time dominar o jogo inteiro e chegar nos minutos finais levar um gol... quase levar outro... e isso tudo em uma final...?
A paixão é antiga, é gigantesca e sempre será.
Eu bem me conheço, eu ficaria dias falando desse assunto aqui...
Se meu avô estivesse aqui... estaria agora com um sorriso no rosto, talvez me contando de novo suas histórias, suas lembranças boas, aquelas que o futebol lhe presenteou ao longo de sua vida.